A expectativa de receber centenas de milhares de turistas durante a Olimpíada e Paralimpíada Rio 2016 representa para o Brasil oportunidades e benefícios, mas também potenciais problemas. Um deles é o aumento de casos de violações de direitos de crianças e adolescentes, sobretudo prostituição infantil.
Para prevenir esses crimes durante os jogos, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) lançou nesta quarta-feira, 23, o projeto Rio 2016: Olimpíadas dos Direitos de Crianças e Adolescentes.
Com ênfase na proteção integral da criança e do adolescente, as ações vão priorizar o combate a cinco violações consideradas as mais recorrentes em grandes eventos: exploração e abuso sexual infantil, trabalho infantil, uso de álcool e outras drogas, crianças em situação de rua e crianças perdidas e desaparecidas.
A iniciativa foi apresentada nesta manhã na 69ª Reunião Geral da FNP, no auditório do Museu do Amanhã, na Praça Mauá, centro do Rio. O projeto tem parceria com o governo federal, instituições nacionais e internacionais e cofinanciamento da União Europeia, que vai colaborar com meio milhão de Euros (cerca de R$2 milhões).
Para o vice-prefeito do Rio de Janeiro e secretário de Desenvolvimento Social, Adilson Pires, o projeto deverá conscientizar a população e a incidência de casos não deverá crescer durante as competições no Rio de Janeiro. “Estarão todos atentos, a imprensa, haverá muita segurança. E essa parceria poderá deixar um legado extraordinário para o Brasil no caminho da proteção da criança e do adolescente.”
O chefe do setor de cooperação da delegação da União Europeia, Thierry Dudermel, explicou que o projeto baseou-se na metodologia bem-sucedida usada durante a Copa do Mundo de 2014. “Consideramos que valia a pena continuar com essa parceria e potencializar ainda mais resultados a partir do acúmulo de experiências bem-sucedidas na Copa”, disse.









