O Amazonas já amarga uma queda de R$ 183,7 milhões na receita, contabilizando o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado. Enquanto em 2015, a arrecadação chegou a R$ 3,55 bilhões no período, em 2016, o valor foi reduzido a R$ 3,34 bilhões, menos 5,2%, segundo dados do portal da Transparência do Governo do Estado. Se considerada a projeção para este ano, de R$ 16 bilhões, com uma média de R$ 4 bilhões ao trimestre, o Estado deixou de arrecadar R$ 663,6 milhões no período.
A redução é reflexo da crise econômica que afetou bruscamente o Estado, em 2015, ocasionando queda de aproximadamente R$ 1,27 bilhão na receita. A previsão, à época, era de R$ 15,4 bilhões, mas o Amazonas só conseguiu chegar a R$14,2 bilhões.
O mês de março também apresentou redução. Com relação a fevereiro deste ano, a queda registrada foi de 1%. Em valores, porém, a diminuição na arrecadação chegou a R$ 12,1 milhões. Já na comparação com março de 2015, a queda foi ainda maior: 5,7%, ou, menos R$67,1 milhões nos cofres do Estado. Os números incluem os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público.
Só o Executivo perdeu quase R$ 12 milhões em receita entre fevereiro, quando arrecadou R$ 1,112 bilhão, e março, quando chegou a R$ 1,100 bilhão. A expectativa do governo é que sejam arrecadados nessa esfera R$ 15,9 bilhões.
O Judiciário, que tem uma projeção de receita de R$ 58 milhões, registrou R$ 14,5 milhões até agora, alcançando a meta se considerada a média trimestral (divisão do valor total pelos 12 meses do ano e multiplicado por três). O Legislativo, que inclui TCE (Tribunal d Contas do Estado) e ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado), arrecadou até agora apenas R$ 1,7 milhão.
No quadro geral, mesmo com a crise econômica que se instalou no País em 2014 e que ganhou forças ano passado, o MP-AM foi o único a arrecadar mais do que o projetado para o ano inteiro. Foram R$ 2,84 milhões, mais do que os R$ 2,75 milhões previstos.
