Os servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT 11) completaram um mês de greve ontem, 18, e a pressão dos contrários a decisão aumenta cada vez mais. A pedido da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Amazonas (OAB-AM), uma comitiva com representantes da própria Ordem e do TRT 11 percorreu as varas trabalhistas na tentativa de pressionar os servidores a retornar suas atividades, o que gerou indignação da categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Trabalho no Amazonas e Roraima (SitraAM/RR), Luis Claúdio Correa, a classe tem cumprido todas as determinações do Tribunal, dentre as quais a portaria da presidência que define um percentual de 50% de servidores para continuar o atendimento ao público, apesar da lei de greve definir apenas 30% dos serviços essenciais. Ainda assim, sofre pressão diária para ‘desistir’ da luta. “A Ordem adotou conduta antissindical ao exigir do TRT 11 que solicitasse aos servidores que retornassem ao trabalho”, destacou.
Além da pressão, o analista judiciário do TRT 11 desde 1994, Douglas Alencar, foi alvo de agressão por um advogado dentro das limitações do Fórum por conta do seu apoio a greve. Segundo o servidor, o caso ocorreu na porta de um dos elevadores. “Quando o elevador parou no terceiro andar, eu tentei entrar e pedi licença ao advogado. Ao invés de se afastar para eu passar, ele me empurrou para fora do elevador, além de me ferir com a chave do carro que segurava”, relatou.
De acordo com Douglas, uma colega servidora o segurou para acalmá-lo, justamente para que o caso não tomasse outras proporções. “Eu estive a ponto de revidar, mas fui contido”, pontuou. O SitraAM/RR denunciou o caso a presidência do Tribunal e irá fazer o mesmo a corregedoria da OAB-AM.