Sinal amarelo: Petrobras revê contratos e cobra multas, o orçamento está cada vez mais apertado

Com o aprofundamento da crise da Petrobras, cresce o número de fornecedoras do setor de óleo e gás que avaliam ir à Justiça contra a companhia. Uma dezena de afiliadas à Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) já estuda processar a petroleira, diz José Velloso, presidente executivo da entidade. É que o aperto no caixa da estatal — que impôs uma freada em desembolsos — afeta as finanças da cadeia produtiva do segmento. E impulsiona as consultas a advogados especializados sobre os caminhos do litígio contra a gigante brasileira de petróleo.

— Num mercado em que a Petrobras é quase cliente único, processar a empresa é uma decisão extrema e que deve ser avaliada considerando o peso da estatal na carteira do fornecedor. Era raro. Mas, no atual cenário, vai acontecer — conta Velloso. — O mercado está parado. A Petrobras não nos recebe. Pelo vácuo de informação, em caso extremo, recomendamos ao associado ir à Justiça contra a companhia.

 

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