O Ministério Público Federal recomendou à Reitora Márcia Perales que não cancele as aulas por causa de greve na UFAM. A Procuradoria da República no Amazonas expediu documento que contém orientação para que a UFAM e o Conselho Universitário (CONSUNI), ambos representados pela Reitora garantam a REGULARIDADE das atividades acadêmicas durante a greve docente. O documento é a recomendação 34/2015. O Ministério Público Federal considera que a greve não se apresenta como posição unânime entre os professores da UFAM, vez que no dia 22 de junho um grupo de docentes da Universidade solicitou ao MPF a garantia do regular prosseguimento das atividades acadêmicas de quem não aderiu à greve deflagrada em Assembleia Geral da ADUA, no dia 9 de junho.
E o que acontecerá se ocorrer o não-atendimento às providências apontadas pelo Ministério Público? Os juristas consultados pelo Blog disseram que deverá ser ajuizada pelo MP uma ação civil pública com pedido de liminar à Justiça Federal que decidirá sobre a situação. O fato é que dessa vez os corredores da universidade estão divididos em relação à greve. Alguns professores procuraram o Blog bastante insatisfeitos com a recomendação do MPF. Dizem eles que as universidades públicas federais possuem autonomia e não estão sujeitas a esse tipo de recomendação. Pelo visto, o caso vai mesmo parar na Justiça.
Por outro lado, alguns empresários procuraram o editor-chefe e pediram que o Ministério Público Federal use as mesmas normas e recomendações com a greve da SUFRAMA, que está ACABANDO com diversas empresas. Dizem eles que haverá desabastecimento em breve em todo o estado do Amazonas e que foi preciso a Justiça Federal mandar liberar 57 carretas de alimentos da Nestlé, que estavam paradas por causa da greve. Alimentos não podem esperar. Alegam os empresários que o clima já é de DESESPERO e o Ministério Público precisa agir com o mesmo rigor que está agindo com a UFAM. Oremos!