Clínica “não quer papo” e nem contrato com o governo do AM para tratar pacientes renais

Governo do Amazonas foi informado pela Clínica Renal de Manaus que não há interesse em prorrogar ou renovar o Contrato nº 084/2010 firmado para tratar pacientes renais crônicos do SUS (Sistema Único de Saúde). “Informamos ainda, da mesma forma, não haver interesse em celebrar novo contrato para atendimento aos pacientes renais crônicos”, informa o documento, apresentado no dia 1º de junho ao secretário de Saúde Pedro Elias de Souza.

A clínica realiza procedimentos de hemodiálise, diálise peritoneal e conservador em pacientes que ainda tem uma porcentagem pequena do rim funcionando e manterá o serviço até o dia 18 de outubro, conforme consta no contrato.

Com a decisão da empresa, a ARCAM (Associação dos Renais Crônicos do Amazonas) divulgou uma nota de repúdio e apresentou o documento à Susam (Secretaria de Secretaria de Saúde do Estado). A entidade informou que a secretaria não realizou os compromissos firmados em reunião, no dia 25 de maio.

“Nesta reunião foi apresentada a informação de que o secretário havia pago R$ 500 mil para o início do Hospital Santa Júlia, em seguida afirmou estar assinando na frente da direção desta entidade representativa, que assinara a liberação de mais de R$ 3 milhões, que seria a próxima parte do pagamento da dívida. O Hospital Santa Júlia confirmou a negociação mas nega o recebimento”, dizia a nota.

O Santa Júlia também realizava atendimento aos pacientes renais em convênio com o Estado. A assessoria do hospital informou  que o não cumprimento do pagamento por parte do Estado  já se estendia por mais de um ano e que “depois de muito diálogo, a diretoria do Santa Júlia optou por não renovar o Contrato n° 022/2013 e que, por esse motivo, desde 29 de fevereiro optou por encerrar os serviços de pré-transplantes renais, transplantes, pós transplantes renais, acompanhamento ambulatorial e de intercorrências pós-transplantes, que estava previsto no contrato”.

Em nota, a Susam informou que a razão alegada pela Clínica Renal para a não renovação do contrato é a falta de reajuste por parte do governo federal do valor da tabela SUS destinado à remuneração pelo serviço de hemodiálise, válido para todo o Brasil. “É importante esclarecer que a Susam não tem ingerência sobre esta tabela. Trata-se de um repasse federal. Somos sensíveis a esse pleito, mas esta é uma questão nacional, objeto, inclusive, de discussão em fóruns como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, mas que foge ao nosso poder de decisão”, declarou Pedro Elias.

Ou seja, as clínicas não recebem os pagamentos aos quais TEM DIREITO e ainda é errada em não querer renovar o contrato. Tá certo isso produção? OREMOS!