Os auditores da Receita Federal entrarão em greve, a partir desta terça-feira (18), no Amazonas e em todo o País. As unidades de atendimento ao público vão manter 30% dos funcionários conforme a legislação, informou o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal no Amazonas (Sindifisco/AM).
Serão três dias de mobilização, até quinta-feira quando será realizada a assembleia nacional para decidir sobre a continuidade do movimento. De acordo com o presidente do Sindifisco/AM, José Jefferson, as unidades do porto e aeroporto estarão mobilizadas em operação padrão – que é uma fiscalização mais criteriosa das cargas – ou sem desembaraços. “Entre o início da fiscalização de uma carga e o final há diversos procedimentos como o registro da Declaração de Importação (DI), a verificação física, até chegar na última que é o desembaraço”, explica.
Cargas de primeira necessidade como alimentos perecíveis e medicamentos serão liberadas. As demais unidades da Receita manterão 30% dos servidores para atendimento ao público.
Há pelo menos dois anos os auditores negociam o projeto de lei que propõe aumento de 21,3%, em quatro anos. “A imensa maioria das categorias federais já conquistou a reposição”, disse Jefferson ao acrescentar que, além dos auditores, a Polícia Rodoviária, Itamaraty e Ministério do Trabalho também não conseguiram reajuste esse ano. “Mais da metade já foi contemplado e o cargo é remunerado de acordo com a sua complexidade. Não se pode comparar pela remuneração, mas pela atividade que exige responsabilidade e atribuições”, disse o sindicalista.
Em Manaus, são 240 auditores divididos em três unidades: porto, aeroporto e delegacia. Segundo o sindicato, o salário inicial de um auditor chega a R$ 14.900, brutos.
Em julho e agosto, os auditores já haviam realizado operação padrão para pressionar pela votação do Projeto de Lei 5.864/16, que trata do reajuste da categoria e que aguarda envio para o Congresso Nacional.
