Com apenas uma pista dividida em mão e contramão, as rodovias estaduais e federais no Amazonas são avaliadas como ruins e péssimas pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes). A CNT inspecionou as estradas em três itens: pavimento, sinalização e geometria. Os resultados constam na Pesquisa CNT de Rodovias 2016, divulgada nesta quarta-feira, 26.
Na AM-010 (Manaus/Itacoatiara), com 250 quilômetros de extensão, o estado geral foi considerado péssimo. O pavimento teve avaliação ‘ruim’, enquanto a sinalização e geometria também foram consideradas ‘péssimas’.
Estado geral, pavimentação e sinalização ruins foram a classificação da AMT-174, de apenas 30 quilômetros, na zona rural de Manaus. Somente a geometria foi classificada como regular. A BR-174 (Manaus-Boa Vista/RR), de 440 quilômetros, teve avaliação ruim para estado geral, pavimento e sinalização. A geometria é péssima, segundo o estudo da CNT. Outra rodovia federal no Estado, a BR-230, conhecida como Transamazônica, foi considerada boa em todos os itens no trecho inspecionado, de 29 quilômetros.
Já na BR-319 (Manaus-Porto Velho/RR), a geometria é regular, mas pavimento, sinalização e estado geral são ruins. A estrada é considerada um gargalo na logística do Amazonas para escoar a produção de produtos da ZFM (Zona Franca de Manaus) para o Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país via terrestre. O asfaltamento dos 440 quilômetros da rodovia está parado por um impasse ambiental. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) barrou a obra.
O levantamento da CNT identificou oito buracos grandes nas rodovias. Entre os problemas mais comuns encontrados estão asfalta desgastado, afundamentos da pista, trincas e remendos nos pisos. No quesito sinalização, foram encontradas placas com pinturas desgastadas, inexistentes e outras completamente cobertas pela vegetação.
O custo total envolvendo reconstrução, restauração e manutenção de trechos em 866 quilômetros inspecionados no Estado foi de R$ 835,61 milhões, este ano. Apenas com a conservação, os governos estadual e federal gastaram R$ 51,45 milhões para manter 980 quilômetros em perfeito estado de trafegabilidade.
Essa é a 20ª edição do estudo. Dos 103.259 km analisados em todo o país, 58,2% apresentam algum tipo de problema no estado geral. Em relação ao pavimento, 48,3% dos trechos avaliados receberam classificação regular, ruim ou péssimo. Na sinalização, 51,7% das rodovias apresentaram algum tipo de deficiência. Na variável geometria da via foram constadas falhas em 77,9% da extensão pesquisada.









