Segundo o Procurador da República Alexandre Jabur, o Ministério Público ainda não havia sido intimado da decisão da Juíza Federal Ana Paula Serizawa, que enviava a Maus Caminhos para o Supremo Tribunal Federal porque há entre os suspeitos uma autoridade com foro privilegiado na última corte de justiça brasileira.
E sobre o que se tratava o pedido que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal? BUSCA E APREENSÃO. E o que acontece quando um pedido de busca e apreensão vaza na imprensa? Perde o objeto porque o suspeito ou a suspeita limpam o local e certamente a polícia não encontraria nada além de um coisas corriqueiras de ambiente simplório.
Mas se o MPF ainda não tinha lido o despacho, se a pulverização da informação só interessava ao suspeito, é óbvio que a pessoa interessada em divulgar para a imprensa o despacho foi o próprio alvo. É exatamente essa a lógica do alvo: a dita autoridade com foro privilegiado seria beneficiada com a pulverização da informação sim, pois obviamente a busca e apreensão perderá o objeto e ninguém poderá dizer o nome do alvo, porque o caso está em segredo de justiça. E a única coisa que esse tipo de alvo deseja evitar é a presença da Polícia Federal na porta de sua casa ou escritório, pois a fila de viaturas com letreiros enormes escrito POLICA FEDERAL, vasculhando sua morada, destrói qualquer carreira política.
Uma coisa não se pode negar, com uma simples atitude, de vazar “meia” informação para a imprensa, mas sem dizer seu próprio nome, o alvo mostrou que não é nada bobo. Mas o povo também não é e todo mundo descobriu a estratégia. E fica a pergunta: quem será ele? Deixemos a Justiça responder e tirar suas conclusões. Estratégia e manipulação podem gerar pedidos de prisão. Oremos!
Foto: meramente ilustrativa









