O presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), deputado estadual Josué Neto (PSD) está protelando a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de irregularidades na Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), de acordo com o líder da minoria na ALE, deputado estadual Luiz Castro (Rede) e demais parlamentares de oposição.
Na terça-feira (06), o diretor-geral da ALE, Wander Motta, informou que o parecer da Procuradoria Geral da Assembleia seria apreciado pelo presidente para que definisse os próximos passos do pedido de instalação da CPI, porém, nesta quarta-feira (07), não houve nenhuma movimentação por parte de Josué Neto.
“Está errado, estão protelando demais e tem que haver uma solução para isto. Eu discordo da forma como isto está sendo conduzido. Não vejo necessidade nenhuma de ficar protelando isto. Já está passando do bom senso. Na minha opinião, o presidente da Assembleia tem o dever de instalar a CPI, não é um favor, é um dever como presidente da Casa”, afirmou Luiz Castro.
A deputada estadual Alessandra Campelo (PMDB) afirmou que, nesta quarta, pediu uma cópia do parecer da Procuradora da ALE a respeito da instalação da CPI, mas não obteve resposta. Para a parlamentar, a Mesa Diretora está escondendo o parecer.
“Agora vem o feriado e o ponto facultativo e fica tudo por isto mesmo. Eu acho que o presidente tem coisas muito mais importantes para fazer no feriado do que cuidar de uma CPI”, afirmou.
Ainda segundo a parlamentar, é preciso haver mais transparência nos atos da CPI.
“Eles estão escondendo o parecer e eu queria entender que medo é este que eles têm. Vou cobrar uma tramitação mais célere além de mais transparência”, disse Alessandra.
Para o deputado estadual José Ricardo (PT), os parlamentares governistas não têm interesse em investigar o governo do Estado. “A gente deve lembrar que, tirando três ou quatro parlamentares, os demais, todos eram governistas. Agora é que alguns estão ensaiando ser oposição, mas a maioria ainda continua sendo governo, então, não há vontade política para investigar o governo do Estado. Eu estou cobrando que a CPI da Afeam funcione, mas insisto na CPI da Saúde, enquanto na Afeam querem investigar R$ 20 milhões, na saúda foram mais de R$ 100 milhões”, disse.









