O candidato centrista Emmanuel Macron pode ser eleito presidente com dois terços dos votos no segundo turno das eleições francesas, segundo duas pesquisas feitas neste domingo. Macron já recebeu o apoio do socialista Benoît Hamon e do conservador François Fillon, membros dos dois partidos que eram as grandes forças opostas na política francesa. O atual presidente do país, François Hollande, pretende fazer um discurso contra a extrema-direita, de acordo com fontes próximas a ele. Com 96% dos votos do primeiro turno apurados, Macron tem 23,9%, contra 21,42% de Le Pen.
As pesquisas foram feitas depois dos resultados de boca de urna que indicaram que Macron e a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, irão ao segundo turno, no dia 7 de maio. Uma sondagem da Harris Interactive para a emissora “M6” constatou que 64% dos entrevistados votariam no ex-ministro de Economia, enquanto 36% votariam em Le Pen. Enquanto isso, uma sondagem da Ipsos Sopra Steria para a France Televisions disse que Macron foi visto ganhando 62% dos votos contra 38% de Le Pen.
A contagem oficial dos votos confirma Macron e Le Pen no segundo turno. Com 33,2 dos 47 milhões dos votos apurados, os resultados das maiores cidades francesas ainda não foram computados, onde a aprovação de Le Pen tende a ser menor em comparação com as cidades pequenas.
Segundo a apuração oficial de 77% das urnas, Macron tem 23,17%, seguido de Le Pen, com 22,94%. O conservador François Fillon vem atrás com 19,74% e o candidato da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, tem 18,88%. Já as pesquisas de boca de urna previram que Macron alcançaria 23,7% dos votos, contra 21,7% de Marine Le Pen. François Fillon ficaria em terceiro lugar, com 19,5% dos votos, e o esquerdista Jean-Luc Mélenchon, em quarto, com 19,5%.
O primeiro turno desta eleição presidencial foi o mais acirrado da história recente da França. Quatro candidatos chegaram neste domingo com chances reais de irem para o segundo turno, mas o resultado confirmou as últimas pesquisas de intenção de voto.
— Eu quero ser o presidente dos patriotas contra a ameaça dos nacionalistas — disse o ex-banqueiro de 39 anos a uma multidão de simpatizantes. — Encarnarei a voz da esperança para nosso pais e para a Europa.