O cartório da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus agendou para 17 e 18 do próximo mês de julho a sequência da audiência de instrução do processo número 0641996-45.2017.8.04.0001, que envolve o delegado da Polícia Civil do Estado do Amazonas, Gustavo Sotero. Nos dois dias, os magistrados da 1ª Vara do Júri pretendem ouvir as testemunhas restantes no caso, tanto de acusação, quanto de defesa e, havendo tempo, também realizar o interrogatório do réu que, pelas regras do Código de Processo Penal, é o último a ser ouvido nesta fase de instrução processual.
Sotero é acusado da morte do advogado Wilson de Lima Justo Filho e de lesão corporal contra Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, Maurício Carvalho Rocha e Iuri José Paiva Dácio de Souza. O crime ocorreu no dia 25 de novembro do ano passado, por volta das 3h, em uma casa de show localizada no bairro de São Jorge, zona Oeste de Manaus
Na quinta-feira (14), os juízes da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Mirza Telma de Oliveira Cunha e Celso Souza de Paula, iniciaram no Fórum Ministro Henoch Reis, no Aleixo, a fase de instrução do processo. Os trabalhos começaram às 9h e prosseguiram até as 18h, com a oitiva de três vítimas – Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, Maurício Carvalho Rocha e Iuri José Paiva Dácio de Souza –, além de cinco testemunhas. Destas cinco, duas foram ouvidas na condição de informantes.
Três testemunhas arroladas no processo, residentes fora de Manaus, serão ouvidas por meio de carta precatória, sendo uma na Comarca de Balneário Camboriú (SC) e duas na Comarca de Curitiba (PR). As comarcas citadas ainda não devolveram as referidas Cartas.
O Ministério Público do Amazonas, autor da ação, está sendo representado pelo promotor de justiça Armando Gurgel Maia. O promotor está trabalhando com quatro advogados que se inscreveram para auxiliar na condição de assistentes de acusação: Leonardo Lemos Assis, José Alberto Ribeiro Simonetti Cabral, Josemar Berçot Rodrigues Júnior e Catharina Estrella. O advogado Alberto Simonetti Cabral Neto foi nomeado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para atuar no processo, também como assistente do Ministério Público.