Em parceria com a Comissão Permanente de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual – CPPEAMS do MPAM, a entidade representativa objetiva criar uma cultura profissional baseada no respeito para erradicar os atos de violência no trabalho e inspirar outras Instituições.
As Instituições de Justiça formam uma grande rede no combate ao assédio. Dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST) apontam que, somente em 2021, foram ajuizados por trabalhadores de empresas privadas mais de 52 mil casos relacionados a assédio moral e mais de três mil relativos a assédio sexual em todo o país.
Essa também é uma realidade comum entre os servidores públicos. O Conselho Nacional do Ministério Público – CNMP, em pesquisa realizada em 2021 sobre os Riscos Psicossociais e Saúde Mental no MP Brasileiro, apontou que 50,1% dos servidores e 38,3% dos membros já sofreram atos hostis considerados como assédio moral no trabalho, tendo o gênero feminino sofrido maior incidência.
Com o intuito de ajudar e sensibilizar os profissionais do MPAM, o Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Amazonas (SINDSEMP-AM) participou na última semana da entrega de 250 kits informativos sobre o tema nas unidades do Ministério Público.
De acordo com Marlon Bernardo, Presidente do SINDSEMP-AM, “em parceria com a Comissão responsável, o sindicato empreende seus esforços para a formação de ambientes de trabalho saudáveis e pautados no respeito e no profissionalismo. As condutas que caracterizam qualquer tipo de assédio, seja ele moral ou sexual, são reprováveis porque carregam em si traços de violência, transformando os próprios colegas de trabalho em vítimas”.
O material entregue aos servidores foi elaborado pela Federação Nacional dos Trabalhadores dos Ministérios Públicos Estaduais – FENAMP e conta com informações importantes: conceito e tipos de assédio, características, causas e consequências, potenciais vítimas, orientações gerais para as Instituições e previsão na lei.
O Sindicato buscará ampliar a distribuição desse material e incrementar com novas ações: “Vamos aplicar um questionário direcionado ao público interno em parceria com a Comissão responsável para que possamos construir um diagnóstico real do problema e traçar um plano de ações preventivas e corretivas. O resultado será divulgado em um evento que ocorrerá no dia 18 de novembro na sede do Ministério Público. Trabalhamos com a convicção de uma forte adesão dos servidores nesse processo e almejamos inspirar outros órgãos públicos”, assegurou Marlon Bernardo.