A pedido do MPF, PF prende suspeito de liderar esquema de crimes ambientais em municípios no AM

Desmatamento e uso de fogo em terras nativas estão entre os delitos praticados

(foto: divulgação)

Após pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão, prisão preventiva e bloqueio de bens contra três homens suspeitos de desmatar, incendiar e impedir a regeneração de floresta nativa, localizada entre os municípios de Boca do Acre e Pauini, no sul no Amazonas.

Realizada pela Polícia Federal (PF), na última quarta-feira (23), a operação teve como alvo o proprietário da Fazenda Bom Futuro, suspeito de liderar o esquema e de ter praticado crime de falsidade ideológica.

O cumprimento dos mandados ocorreu no curso da Operação Dracarys. De acordo com as investigações, 1.672 hectares de mata nativa foram desmatados, desde 2020. Já o total de áreas incendiadas soma 2.368 hectares. Segundo a PF, em outubro e setembro deste ano, houve registro de focos de incêndio nas áreas, o que contribuiu para a emissão das densas nuvens de fumaça que afetaram a qualidade do ar em diversas partes da Amazônia nos últimos meses.

De acordo com a PF, os delitos configuram práticas de associação criminosa, tendo em vista que, de forma associada e reiterada, os suspeitos praticaram uma série de crimes ambientais ao longo dos anos.