A Justiça Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal documentos que podem ser provas de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT) tenha sido beneficiada pelo esquema de fraude, corrupção e desvio de dinheiro do órgãos públicos, investigado pela Operação Lava Jato. A senadora, que já é investigada pela Corte, teria recebido dinheiro a partir de irregularidades verificadas no Ministério do Planejamento. Até as 18h, os documentos não tinham entrado no sistema do STF.
De acordo com o despacho assinado pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da operação na primeira instância, nesta terça-feira (25), essas provas foram colhidas em meio ao andamento de processos, investigações e inquéritos da Lava Jato. O desmembramento foi solicitado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. “Havendo indícios de que autoridade com foro privilegiado seria beneficiária de pagamentos sem causa, é o caso de acolher o requerimento da autoridade policial e do MPF e remeter o feito para o Egrégio Supremo Tribunal Federal”.
Conforme o despacho, ao se cumprirem mandados da 18ª fase da Operação Lava Jato – que apurou o pagamento de propina através de um acordo firmado entre o Ministério do Planejamento e a empresa Consist Software para gestão de empréstimos consignados – que se localizou documentos no escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves.
Esses documentos, segundo as investigações, indicam que valores recebidos pela Consist teriam sido utilizados para efetuar pagamentos em favor de Gleisi Hoffmann. De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o ex-vereador de Americana (SP) Alexandre Romano e empresário Milton Pascowitch eram os operadores desta irregularidade. Gonçalves prestou serviços à senadora durante a campanha eleitoral de 2010 e de 2014.
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