O que fazer para resolver o problema dos latrocínios conhecidos como “saidinha de banco”?

Nos últimos meses, o povo de Manaus tem assistido, estarrecido, a ocorrência de vários roubos seguidos de morte. As vítimas tem em comum o fato de que acabam de sair de agências bancárias e são abordadas por motoqueiros que roubam seus valores e matam sem qualquer piedade. O último foi João Paulo, dono de salão e friamente assassinado no Vieiralves, em plena luz do dia. Mas como os criminosos sabem exatamente quem fez o saque?

É simples: um ou dois comparsas geralmente ficam dentro das agências, pegam senhas e ficam nas filas assistindo que está sacando. Vez por outra são “gentis” e dão seu lugar para alguém apressado e voltam para o fim da fila e continuam a “observação”. De dentro da agência usam celulares escondidos para descrever a vítima para os seus comparsas que estão do lado de fora da agência, montados em motos e fortemente armados, prontos para roubar e matar.

Mas como a polícia poderia “quebrar” esse esquema de “saidinha de banco”?

Ora, com a ajuda das instituições financeiras, identificando os suspeitos e adotando providências internas para proteger seus clientes. Mas ao contrário, não se sabe em que os bancos estão ajudando a segurança pública. No crime que vitimou João Paulo, investigadores (que preferiram não se identificar) contaram ao Portal que a polícia teve dificuldades em obter as filmagens da agência bancária de onde a vítima havia saído para tentar identificar suspeitos do crime. Por que a dificuldade? Não deveria ser interesse da agência colaborar com as investigações e ajudar a polícia? Se a sociedade não entender que é dever de todos fazer a coisa certa, a violência vai piorar muito e qualquer um pode ser a próxima vítima. Se cada correntista cobrar providências do seu banco para garantir o sigilo de cada saque, os assaltantes terão dificuldades para identificar sua vítima. Se não… Oremos!

 

 

Charge: reprodução da internet