Braga comparece ao debate promovido pelo Corecon, Amazonino pega falta

Nesta quinta-feira (10), o Conselho Regional de Economia (Corecon) promoveu, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), um debate com os dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições suplementares ao governo do Estado, Eduardo Braga (PMDB) e Amazonino Mendes (PDT). O segundo turno será definido no dia 27 deste mês.

A proposta da Fieam era debater a proposta de ambos para a economia amazonense, como parte da programação da Semana do Economista 2017, que termina nesta sexta-feira (11). O tema da Semana é ‘A construção do conhecimento no fomento ao desenvolvimento econômico do Amazonas’.

O candidato Amazonio Mendes não foi ao debate. O candidato Eduardo Braga respondeu aos questionamentos de economistas, empresários e estudantes participaram do debate.

Para o senador, o planejamento econômico e a organização tributárias do Estado estão errados. “Manaus tinha voo direto para Lisboa, mas perdemos; tinha voo para Miami, mas perdemos; tinha várias conexões internacionais, mas perdemos. E Belém está ganhando”, disse.

Segundo o senador, o Estado está arrecadando tributos em troca do desemprego. “Nossa proposta é mudar essa lógica. Nós queremos arrecadar tributos, mas em nome da geração de empregos, em nome do aumento da atividade econômica, em nome do aumento do PIB, em nome da capacidade de enxugar a máquina pública e cortar os super contratos de forma dramática, a fim de que o custeio da máquina pública seja ajustado. E, desta forma, nós possamos começar a dar um novo caminho para o estado do Amazonas”, disse.

Queda nos investimentos
Um dos participantes convidados, o economista e consultor econômico José Laredo questionou sobre a queda de novos investimentos no modelo que chega a quase 10% em cinco anos. “Falta eficiência na gestão do nosso modelo, (…) nossos governos não estão apresentando medidas mais rápidas e eficientes para o desenvolvimento do Polo Industrial”, afirmou Laredo.

Eduardo Braga disse que é preciso apresentar uma nova lei de incentivos fiscais dos impostos estaduais olhando para o novo período da ZFM que foi prorrogado até 2073.

“Estamos tendo uma retomada recente do polo eletroeletrônico, os números dos impostos arrecadados no primeiro semestre mostram uma ligeira melhoria com números de emprego no polo eletroletrônico, agora imagina se estivessemos estimulando corretamente os incentivos fiscais, essa retomada seria muito mais rápida”, disse.

Braga disse também que é preciso apoio do governo estadual no polo de duas rodas. “O polo de duas rodas está aprofundando sua crise e você não vê uma ação do governo do Estado para reverter a situação. Temos muito o que desonerar ainda para salvar essa indústria que está muito próxima do ponto de equilíbio da manutenção do custo dela e o governo teima em ter uma taxa de cobrança de ICMS em cima dessa indústria que vai inviabilizá-la”, destacou Braga. (D24 AM)