Há cerca de uma semana, moradores de todas as zonas de Manaus perceberam grandes concentrações de mosquitos da espécie sciarídae nas casas. No domingo (3), o fato se intensificou. O doutor em entomologia e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), José Albertino Rafael, afirma que os insetos da espécie não são transmissores de doenças. Ele disse ainda que a “invasão” se deve ao período de acasalamento da espécie.
De acordo com Rafael, a presença desses mosquitos é comum. Eles procuram a área urbana no período reprodutivo.
“Acontece de vez em quando, às vezes com maior intensidade, às vezes com menor intensidade. É um ato biológico da espécie. Os adultos emergem simultaneamente para acasalamento, eles cruzam, colocam os ovos, e em seguida desaparecem da cidade e vão viver em áreas mais escondidas, nas quais o homem normalmente não os encontra se não for fazer uma busca específica”, explica o pesquisador.
Segundo Rafael, os mosquitos tem alimentação baseada em matéria orgânica em decomposição, fezes e fungos na fase de larva. Na fase adulta, o mosquito morre logo após o acasalamento. Devido à biologia da espécie, as áreas com deficiência de saneamento são mais propícias a receber os mosquitos em épocas de acasalamento.
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