Com 13 votos de diferença, docentes da Ufam decidem não deflagrar greve

Com 13 votos de diferença, os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) decidiram não deflarar greve na instituição. Ao todo, foram 102 votos pela adesão ao movimento paredista dos professores federais, 115 votos contrários à paralisação das atividades da categoria, e sete abstenções. A greve nacional é contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016 – que limita por 20 anos os gastos primários – e contra a Medida Provisória (MP) 746/2016 – que trata da reforma do Ensino Médio.

Até o início da Assembleia, em Manaus, realizada na tarde desta quinta (24), no hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), a votação estava empatada nas unidades fora da sede: 37 votos favoráveis e 37 votos contrários à greve.

Em Benjamin Constant, foram 10 votos favoráveis à greve, 9 contrários e uma abstenção. Em Humaitá, a deliberação resultou em 16 votos a favor do movimento paredista, 8 contrários e duas abstenções. Já em Parintins, o número de votantes contrários à paralisação superou o que favoráveis: 20 a 11, além de duas abstenções.

O resultado da instância deliberativa da categoria na capital foi decisivo para o posicionamento contrário à deflagração de greve. Depois de duas horas e meia de debate, com manifestação de posicionamentos favoráveis e contra o movimento paredista, a AG de Manaus encerrou com 65 votos pela paralisação e 78 contrários.

Os docentes da Ufam haviam aprovado o indicativo de greve dos trabalhadores contra a PEC 55, antiga PEC 241, em Assembleia Geral realizada no último dia 18, mas, segundo a Adua, a categoria havia referendado a greve geral dos trabalhadores e não um movimento paredista da categoria.