Dono da Equador Petróleo é procurado e considerado foragido pela PF

O comando da Operação Lava Jato, no Paraná, procura o empresário Humberto do Amaral Carrilho, um dos sócios do Grupo Dislub/ Equador, do ramo de combustíveis e morador do Recife. Ele é o alvo da 29ª etapa da ação e está com mandado de prisão em aberto. Em entrevista para detalhar as ações deflagradas nesta segunda-feira (23), em Curitiba, os responsáveis pela investigação informaram que Carrilho é considerado foragido. A PF aguarda o contato dos advogados antes de encaminhar o nome para a Interpol.

Carrilho aparece citado em ações na Justiça de Pernambuco. São casos que envolvem processos tributários. Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou que Carrilho, dono da empresa Distribuidora Equador, o procurou, entre 2008 e 2009, com um projeto de construção de um Terminal de Derivados no Rio Amazonas, em Itacoatiara, distante 270 quilômetros de Manaus.

De acordo com Costa, o projeto foi aceito e a empresa foi contratada pela Petrobras, sem licitação, pois se tratava de exclusividade. Paulo Roberto Costa acrescentou que a intermediação dele ‘pesou’ para a contratação ainda que a parte técnica do projeto não apresentasse desvio de condutas. O ex-diretor da Petrobras disse que, em virtude desta intermediação, o dono da empresa pagou valores ao declarante até fevereiro de 2014.

A 29ª fase da Operação Lava Jato teve início na madrugada desta segunda em Brasília, no Recife e no Rio de Janeiro. Ao todo, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária. A ação foi batizada de ‘Repescagem’.

Em nota, a asssessoria de imprensa da Equador Petróleo informou que o empresário está no exterior, e que tão logo tomou conhecimento do fato, seus advogados entraram em contato com o delegado responsável pelo inquérito federal. De acordo com a nota, Humberto Carrilho irá se apresentar à polícia assim que conseguir viabilizar as passagens para retornar ao País.

Na nota, que pode ser lida na íntegra ao final desta matéria, a empresa ainda afirma que Humberto Carrilho prestou depoimento sobre o caso no último dia 29 de fevereiro, em Recife, e se “colocou à disposição para quaisquer outros esclarecimentos”.

As ações da 29ª etapa da Lava Jato ocorreram no Rio de Janeiro e em Brasília. Em Pernambuco, os agentes estiveram no apartamento de Carrilho, no bairro de Apipucos, na Zona Norte da capital. Lá, foram informados sobre a viagem do empresário, que está fora do Brasil. O imóvel encontra-se em reforma. Por isso, não foi possível cumprir também o mandado de busca e preensão.

Como não conseguiu cumprir os mandados de prisão e busca e apreensão, a PF em Pernambuco vai enviar as informações para o comando da operação. “Vamos encaminhar todos esses dados para Curitiba e a Polícia Federal lá vai determinar um prazo para ele se apresentar”, explicou o superintendente da PF em Pernambuco, Marcello Cordeiro.

 

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