Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam

A população brasileira se encaixa perfeitamente nessa frase da escritora Clarice Lispector. Quando Collor se candidatou para Presidente, metade da população via nele um herói. A outra metade um anjo.
Mas A história se encarregou de contar a verdade; e olha que esse livro ainda tem muitas páginas a serem escritas.

Quando Melo se candidatou ao governo do Amazonas, as pesquisas registravam que ele não tinha nem 10% dos votos. Não era considerado nem anjo, nem herói. Ao final da eleição, saiu vencedor com cerca de 200 mil votos na frente do segundo lugar, Eduardo Braga.

E qual milagre foi feito para multiplicar esses pães, digo, votos?  Segundo o Tribunal Regional Eleitoral, o Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal, foi simples: um organizado esquema de compra de votos. Dele participaram várias pessoas. Um dos processos foi julgado e Melo saiu dele CASSADO. Outros vários ainda estão na fila. Enquanto isso o tempo passa, o orçamento do Estado é gasto não se sabe como e a população se vê entristecida com tantos escândalos.

Em Brasília, as mudanças já começaram. Elas precisam chegar urgentemente ao Amazonas. O povo precisa voltar a acreditar na Justiça, no futuro, no nosso rico estado gerando empregos, oferecendo hospitais com qualidade, médicos, remédios. Precisamos confiar de novo na nossa polícia, sem comandantes afastados. Precisamos de boas escolas.

Mais do que isso: precisamos recuperar a esperança. O TSE tem que dar uma resposta a esse estado urgentementeQuem vai governar o Amazonas e colocar esse estado nos eixos? OREMOS!