Eleições 2022: ‘Vice não pode ser pessoa que conspire contra você’, diz Bolsonaro

Em um discurso de uma hora e nove minutos, o presidente voltou a utilizar um slogan de inspiração fascista: “‘Deus, Pátria, Família e Liberdade”

O presidente Jair Bolsonaro teve sua candidatura à reeleição oficializada pelo PL neste domingo, 24 (foto: Ricardo Moraes/Reuters)

Ao oficializar sua candidatura à reeleição em chapa pura com o general Braga Netto (PL), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o vice é alguém para ” estar ao seu lado em momentos difíceis”. Ele não citou nominalmente o atual vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), com quem coleciona tensões ao longo do mandato. “O vice não pode ser pessoa que conspire contra você”, declarou neste domingo em ato político no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.

“Vocês sabem o que vou fazer se for reeleito de forma transparente e democraticamente”, afirmou o presidente, que pediu à população para fazer comparações com governos passados na hora de decidir o voto. “Comparem meu governo com três anos e meio de governos anteriores”, declarou, na convenção de lançamento da candidatura à reeleição, destacando o que considera conquistas de sua gestão, como o avanço na transposição do Rio São Francisco e na construção da Rodovia Norte-Sul, bem como a entrega de títulos de terra a mulheres. “Estou mostrando o que fizemos e pretendemos continuar fazendo”.

Bolsonaro aproveitou o evento para criticar o ex-presidente Lula (PT), seu principal adversário nas eleições deste ano. Segundo o chefe do Executivo, o petista quer legalizar o aborto e as drogas, além de controlar a mídia. O endividamento da Petrobras nos governos Lula e Dilma também foi lembrado. O presidente repetiu que o governo está há 3 anos e meio sem corrupção, mas ignorou as denúncias ocorridas em seu governo.

Ainda atacou as políticas de contenção da pandemia e elogiou a atuação no governo do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo. Também garantiu que seguirá “no meio do povo”, apesar dos riscos relacionados à sua segurança. (fonte)