Eleitores elevam grau de instrução no Amazonas, segundo TSE

O grau de instrução dos eleitores deste ano está mais alto que das eleições de 2012, segundo dados do site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos últimos quatro anos, o percentual de eleitores com nível Superior Completo saltou de 2% do total de eleitores para 8,3% e votantes com Ensino Médio Completo, que representavam 12% dos eleitores em maio de 2012, passaram para 25,9%, em maio deste ano.

No mesmo período, houve uma queda no percentual de eleitores que sabem apenas ler e escrever, que em 2012 totalizavam 14%, e, neste ano, ficaram em 9% em maio deste ano, segundo dados do TSE. Também foi verificada redução no índice de votantes que possuem apenas o Ensino Fundamental incompleto. Há quatro anos, eleitores com este grau de instrução representavam 35,2% dos votantes e, em maio deste ano, totalizavam 24,5%.

Para o professor de Direito Eleitoral Leland Barroso, não é possível afirmar que o aumento do grau de instrução resulta em maior consciência política dos eleitores. Ainda de acordo com dados do TSE, 44,9% dos 2,3 milhões de eleitores do Amazonas possuem até o Ensino Fundamental completo. Em 2012, este índice chegava a 63% dos 2,1 milhões de eleitores registrados naquele ano.

Até maio de 2016, o Amazonas registrava 140 mil eleitores analfabetos, número que corresponde a 6% dos aptos a votar no pleito de outubro. Além dos analfabetos, o Estado contabiliza, ainda, 214 mil eleitores que sabem apenas ler e escrever, 566 mil com Ensino Fundamental incompleto e outros 116 mil com Ensino Fundamental completo.

Em termos comparativos, os dados do TSE informam que em maio de 2012, o Amazonas registrava 155 mil eleitores analfabetos, 308 mil que declararam apenas saber ler e escrever, 756 mil com Ensino Fundamental incompleto e, por fim, 134 mil que completaram o Ensino Fundamental.

Para a professora da Faculdade de Educação e Presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), Valdete da Luz Carneiro, o aumento do grau de instrução dos eleitores reflete em maior qualidade no voto. “A condição nova que estas pessoas passam a ter é emancipatória. Elas passam a ter uma compreensão do mundo e da realidade. Eu creio que é uma ‘voz’ que modifica a condição anterior” disse. Para a professora, os analfabetos também têm a condição de analisar a realidade de tudo que eles vivenciam e convivem.

 

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