Em reunião com governadores, Dilma diz que a cooperação é o caminho para o Brasil sair da crise

Durante discurso que durou mais de meia hora para os representantes de 27 Estados e Distrito Federal, a presidente Dilma Rousseff fortificou  a necessidade de cooperação e pactos entre todos para vencer a crise, deixando de lado as oposições partidárias. Dilma sinalizou que 2015 será um ano perdido, fazendo projeções de melhoria econômica para após o ano de 2016. Sem pedir apoio político diretamente ao seu governo e sem citar explicitamente a crise de popularidade que vem enfrentando, a presidente destacou que tem “humildade” para receber crítica e desabafou: “eu sei superar pressão e injustiças”.

Ao falar da necessidade de integração entre governos estaduais e federal, a presidente destacou: “devemos cooperar cada vez mais, independentemente da nossa afinidade política. Devemos somar força para melhor atender a população”. Ela disse ainda que “tem ouvido e coração abertos”. Ao citar pautas que os governos federal e estadual podem trabalhar em conjunto, como a reforma do ICMS, a presidente Dilma emendou: “vocês podem contar comigo”.

Em seu discurso, a presidente indiretamente reconheceu que o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, na prática, exerce o cargo de Secretário das Relações Institucionais, responsável pela coordenação política e relação com os partidos e parlamentares. Foi ao informar que o ministro Padilha, logo depois, iria relatar aos presentes as propostas que estão no Congresso e poderão ter grande impacto financeiros nas contas públicas.

Dilma lembrou que algumas das medidas ela “assumiu e vetou”, mas que outras “ainda estão em andamento” no Congresso. Por isso, precisava do apoio dos governadores, sugerindo que eles deveriam influenciar as suas bancadas para que não fossem aprovadas. Dez ministros estão presentes à reunião que está sendo realizada no Palácio da Alvorada e não tem hora para terminar. Dilma avisou que cada um falaria um pouco para apresentar propostas que podem ser trabalhadas em conjunto com os governos estaduais e que, em seguida, daria a palavra aos governadores.

 

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