A noite da última sexta-feira (29) foi marcada por um encontro vibrante entre culturas na Festa Brasileira 2025, realizada no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), na Praça Tiradentes, coração do Rio de Janeiro. O evento, promovido pelo Sebrae, celebrou a diversidade cultural do país com shows ao vivo, gastronomia típica e artesanato regional.
Entre as atrações, brilhou a voz da cantora amazonense Hêmilly Lira, convidada especial do Sebrae Amazonas, que levou ao palco a força e a emoção do boi-bumbá. Com sua interpretação da icônica toada “Vermelho”, eternizada por Garantido, Hêmilly arrebatou o público formado por manauaras residentes no Rio e cariocas curiosos pela cultura amazônica.
Uma voz que carrega a alma do Amazonas
Hêmilly Lira é uma artista profundamente enraizada na tradição do Boi-Bumbá. Com mais de três décadas de envolvimento com o folclore de Parintins, ela iniciou sua trajetória brincando boi com a família na Baixa do São José e fundou o grupo As Dessanas em 2006 junto com o jornalista amazonense Herman Marinho.
Em suas apresentações, Hêmilly costuma revisitar clássicos como “Sensibilidade”, “Gavião Real” e “Ninguém gosta mais desse boi do que eu”, sempre com emoção e respeito às raízes. Durante o show no CRAB, sua performance foi mais que musical — foi um ato de resistência cultural. “Cantar ‘Vermelho’ aqui no Rio é como trazer um pedaço da Amazônia para o Sudeste. É sobre identidade, memória e pertencimento”, declarou a cantora nos bastidores.
Festa Brasileira: um palco para o Brasil que resiste A Festa Brasileira 2025 aconteceu nos dias 29 e 30 de agosto, com entrada gratuita e programação intensa. Além de Hêmilly Lira, o evento contou com apresentações de grupos folclóricos, como o Sesc Paraíba, e artistas como Enrico Di Miceli e o grupo Kboclos. O CRAB se transformou em um mosaico de brasilidade, reunindo artesãos, músicos e chefs de diferentes regiões.
Um convite à valorização da cultura popular A participação de Hêmilly Lira reforça o papel do Sebrae Amazonas na promoção da cultura regional em espaços nacionais. Ao levar a toada para o centro do Rio, a cantora não apenas emocionou o público, mas também reafirmou a potência da arte amazônica como expressão viva da identidade brasileira.
