José Melo pode ser afastado do cargo em definitivo na próxima semana

A definição do segundo processo eleitoral que pede a cassação do governador José Melo (Pros) foi mais uma vez adiada. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), desembargador Yêdo Simões, havia prometido dar na sessão desta sexta-feira o voto de minerva do julgamento, que está empatado em 3 a 3. No entanto, ele já comunicou às partes envolvidas que não irá pronunciar seu voto hoje.

O magistrado disse que por conta do feriado não teve tempo de concluir o seu voto.  Ele afirmou, também, que não poderia fixar uma data para a retomada do caso porque no domingo viajará para Brasília, retornando a Manaus na quarta ou quinta-feira. Na sexta-feira (16) há uma nova sessão do TRE-AM, e a expectativa é de que o caso seja definido neste dia.

A definição do processo está nas mãos de Yedo Simões desde o último dia 24, quando o juiz Felipe Thury, que estava com o processo desde o dia 2 de agosto, empatou a votação na sessão que durou mais de quatro horas, votando contrário à cassação de Melo e Henrique. “É um processo volumoso, com mais de 17 blocos. Trarei no dia 9 o processo, uma sexta-feira”, disse Yêdo, na ocasião.

Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), protocolada no dia 18 de dezembro de 2015, pela coligação Renovação e Experiência, do senador Eduardo Braga, é apontado, dentre outras denúncias, o desvio de recursos públicos para custear gastos eleitorais e cooptar votos por meio de um contrato “fantasma” com a Agência Nacional de Segurança e Defesa (ANS&D), da empresária Nair Blair, no valor de R$ 1 milhão.

Adiamentos em série

O julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije)que pede a cassação do governador José Melo (Pros) e o vice-governador Henrique Oliveira (SD) pela segunda vez no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE/AM), com a decisão de hoje, já foi adiado 24 vezes.

O processo entrou em pauta no dia 28 de julho deste ano, e no mesmo dia já recebeu pedido de vista. Em junho, foram dois adiamentos. No mesmo de julho o número saltou para 13. E em agosto, até o dia 23, foram oito adiamentos. Na ação, a coligação de Braga pede a Justiça Eleitoral do Amazonas à declaração de inelegibilidade, cassação do registro e cassação do diploma de Melo e Henrique.

 

 

Fonte: Portal A Crítica