O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Paraná, é alvo de 12 representações que pedem que o Conselho Nacional de Justiça investigue se ele cometeu infrações disciplinares no caso. A maior parte das ações foi motivada pela interceptação e divulgação de gravações do ex-presidente Lula pela Lava Jato que atingiram até mesmo a presidente Dilma Rousseff.
Os pedidos de apuração foram apresentados por sindicatos, advogados de várias partes do país e um vereador ligado ao PT, entre outros. O mais recente foi protocolado nesta terça-feira (22) por 14 senadores – três deles são investigados no STF por suposta participação na Lava Jato: Humberto Costa (PT-PE), Gleisi Hoffman (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ).
Segundo os congressistas, o CNJ precisa avaliar a atuação de Moro. Pelas regras do CNJ, que é o órgão com poder para investigar atos de magistrados, a ministra corregedora Nancy Andrighi faz uma análise inicial de admissibilidade da representação. Caso entenda que são admissíveis, ela apresenta o caso ao plenário e propõe abertura de uma investigação que precisa ser votada. Se aprovada, é nomeado um relator entre os 15 integrantes do Conselho.
Esse processo disciplinar pode também ser arquivado ou levar a diversas penalidades ao juiz – em último caso, a demissão. A ministra pediu que Moro se manifeste sobre os pedidos em 15 dias.









