Julgamento de Melo no TRE-AM é adiado pela 25ª vez

Pela 25ª vez, a definição do julgamento em que o governador José Melo (Pros)  é acusado de abuso de poder econômico e político é adiada.  O placar da votação está em 3 a 3 e depende apenas do voto de minerva do desembargador Yêdo Simões, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-A) mas ele adiou a definição mais uma vez.

Desta vez, o adiamento ocorreu por conta da ausência do membro do Pleno do TRE-AM, juiz Francisco Marques, que proferiu seu voto favorável à cassação dos  mandatos do governador José Melo e do vice-governador Henrique Oliveira (SD) e pela realização de nova eleição no Amazonas, acompanhando o relator do processo João Simões.

Sem Francisco Marques, que está doente, Yêdo optou pelo adiamento. “O doutor Francisco Marques já comunicou que não comparecerá. Ele ainda está realizando exames, portanto estou comunicando o adiamento”, disse Yêdo, que ao chegar ao TRE-AM afirmou que estava com seu voto pronto para ser proferido.

Segundo o desembargador Yêdo Simões, em processos de cassação ou mudança de resultado de uma eleição é necessária a presença de todos os membros da Corte.

Processo

O julgamento dessa ação começou no dia 28 de junho quando o relator desembargador João Simões se manifestou pela cassação dos  mandatos do governador José Melo e do vice-governador Henrique Oliveira (SD) e pela realização de nova eleição no Amazonas. O voto dele foi seguido pelos juízes  Henrique Veiga, Francisco Marques e Ana Paula Serizawa. No dia 2 de agosto, contudo, Henrique Veiga  mudou de posição e concluiu que os fatos imputados ao governador não são suficientes para lhe tirar do cargo. Felipe Thury, no dia 24, empatou a votação. A decisão que for tomada pelo TRE-AM será levada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No TSE, o recurso apresentado pelo governador José Melo contra decisão do TRE-AM, de janeiro deste ano, que lhe cassou o mandato por compra de votos, passou para as mãos do ministro recém-empossado Napoleão Nunes Maia, no dia 31 de agosto.

 

Fonte: Portal A Critica