Lava Jato denuncia cúpula da Odebrecht por R$ 131 milhões em propina na Petrobras

A força-tarefa da Lava Jato apresentou nesta sexta-feira, 16, uma nova denúncia contra a cúpula da Odebrecht, incluindo seu presidente Marcelo Odebrecht – preso desde 19 de junho – e ex-funcionários da maior empreiteira do País por suposto pagamento de R$ 137 milhões em propinas em oito contratos com a Petrobras, entre 2004 e 2011. Na ação, a força-tarefa imputa a Odebrecht e a outros cinco investigados a prática de 64 crimes. Os procuradores da República que subscrevem a denúncia pedem que seja decretado o perdimento “do proveito e produto dos crimes”, em valor mínimo de cerca de R$ 137 milhões, além do pagamento de danos mínimos de R$ 275 milhões em favor da estatal referentes aos oito contratos.

A nova acusação do Ministério Público Federal contra Odebrecht e outros cinco investigados ocorre menos de 24 horas depois que o Supremo Tribunal Federal acatou o habeas corpus do ex-diretor da empreiteira Alexandrino Alencar e determinou sua soltura. Alexandrino é o primeiro executivo preso em 19 de junho na 14ª fase da operação, a Erga Omnes, a deixar a prisão, por ordem do ministro Teori Zavascki.

Foram denunciados os executivos Marcelo Bahia Odebrecht, Marcio Faria da Silva, Rogério Araújo e Cesar Rocha, também presos na Erga Omnes, acusados de corrupção ativa e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o ex-gerente de Serviços Pedro Barusco e o ex-diretor de Serviços Renato Duque.

A denúncia tem por objeto delitos de corrupção relacionado aos projetos de terraplenagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu de Lima (RNEST); da Unidade de Processamento de Condensado de Gás Natural (UPCGN II e III) do Terminal de Cabiunas (Tecab); da Tocha e Gasoduto de Cabiunas; das plataformas P-59; P-60, na Bahia. Além destas obras, os executivos da empreiteira já respondem a uma ação penal na Justiça Federal no Paraná por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa em outras obras na estatal

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