Na manhã de ontem (01), o governador cassado José Melo, que anda se esquivando da imprensa, reapareceu em uma entrevista gravada, concedida a uma rádio da capital. O tema da entrevista foi o chamado “reordenamento da Saúde”, que segundo Melo visa economizar recursos e alavancar o atendimento aos cidadãos, mas que na prática está fechando unidades como CAICs, CAIMs, SPAs e maternidades em várias zonas da cidade, daí a dificuldade do executivo estadual em justificar mudanças tão bruscas.
Em um tom muito próximo do apresentado durante a campanha eleitoral de 2014, quando Melo se apresentava sempre de cabeça baixa, falando compassadamente, demonstrando humildade, O governador cassado tentou vender a idéia de que a crise econômica o forçou a tomar as medidas que classificou de “remédio amargo”. Melo ainda tentou tirar de si a “culpa”. “Quem deu essa idéia foi o secretário Pedro Elias, não eu”, disse.
O Portal da Transparência do Governo do Amazonas demonstra os gastos dos recursos público e em uma rápida pesquisa, o Portal Baré constatou que apenas com o “aluguel de aeronaves” e outros serviços, entre janeiro de 2015 e maio de 2016, já foram pagos mais de sessenta e sete milhões de reais, exatos R$ 67.556.296,78. Não seria mais apropriado iniciar a economia por setores menos prioritários como o da aviação?
Mesmo sem ter sido confrontado pelo jornalista que o entrevistava, Melo cometeu alguns deslizes, o que chamou mais a atenção dos ouvintes foi a sugestão de que os moradores das comunidades próximas às unidades, que serão extintas, utilizassem o serviço de táxi para o seu deslocamento. Que tal?









