O MP entende que por não possuir um defensor para o réu o processo deve ser anulado na sentença que o pronunciou Edney como envolvido no caso e também em todos os atos que foram realizados sem que ele estivesse presente com os demais suspeitos, ou seja, em todas as fases iniciais. Ele foi preso em 19 de dezembro de 2014.
O promotor de Justiça Carlos Antônio Coelho chega a considerar no seu parecer que, à luz do direito e da justiça, o réu responder a um processo penal sem advogado é “inadmissível”, uma vez que ele pondera que a pressão da mídia para que o caso fosse solucionado pode ter influenciado a decisão do juiz de pronunciar Edney mesmo sem um defensor no processo. A repercussão do fato na imprensa não justificaria isso, entendeu Coelho.
Diante dessa argumentação, o promotor declarou que o Ministério Público entende que o processo seja declarado nulo nas partes em que Edney não foi citado para tal e nas que foi ouvido sem ter um defensor.
Ou seja, a tentativa de homicídio de Denise Almeida da Silva, de 35 anos, em novembro de 2014, no badalado “caso Marcelaine”, deve se arrastar na Justiça por mais tempo. Edney Gomes teria sido o elo entre a mandante do crime, Marcelaine Santos Schumann, de 36 anos, e os demais envolvidos, todos indicados por ele.
Vítima e mandante, que são casadas, mantinham um triângulo amoroso com o empresário Marco Souto, também casado. Denise Almeida foi alvejada com dois tiros no dia 12 de novembro de 2014 dentro do seu carro, no estacionamento de academia de ginástica no Centro de Manaus.











