O Ministério Público Federal (MPF) denunciou dois homens, de 19 e 20 anos, que atiraram contra um militar do Exército na véspera do segundo turno das eleições suplementares, em Maués (a 268 quilômetros de Manaus). O sargento do Exército atingido estava em missão oficial, em uma embarcação alugada pela Justiça Eleitoral, nas proximidades da Comunidade Santo Antônio do Macujá.
Por volta de 23h do dia 26 de agosto deste ano, o sargento que fazia segurança da equipe da Justiça Eleitoral foi atingido por disparo de arma de fogo calibre 20. Em depoimento, um terceiro rapaz que acompanhava os dois denunciados contou que ele e os dois jovens estavam bebendo na casa do pai de um deles e foram “dar uns tiros no pessoal no Exército que estava na embarcação parada no rio”. O rapaz contou que chegou a acompanhar os denunciados, mas desistiu.
Os dois denunciados ficaram escondidos em mata próxima ao local onde a embarcação estava atracada. Um deles disparou contra o sargento, que estava de costas para o local, enquanto o outro denunciado dava cobertura.
Os dois rapazes foram denunciados por tentativa de homicídio qualificado, já que foi cometido em emboscada e contra agente das Forças Armadas. O crime, previsto no Código Penal, tem pena que varia de quatro a 20 anos de reclusão.
Um dos envolvidos foi também denunciado por falsa identidade, por ter se apresentado com nome diferente do seu quando preso em flagrante. A pena prevista para o crime, também incluído no Código Penal, varia de três meses a um ano de detenção ou multa.
A ação penal tramita na 4ª Vara Federal no Amazonas, sob o nº 0010501-55.2017.4.01.3200.