Novo decreto imigratório de Trump reacende briga judicial

Começou ontem (15) uma nova batalha entre a Justiça dos Estados Unidos e o decreto imigratório do presidente Donald Trump, que veta a entrada de cidadãos de seis países islâmicos em território americano. Previsto para entrar em vigor nas próximas horas, o decreto assinado em 6 de março pelo magnata republicano é uma versão atualizada da polêmica medida anunciada em janeiro. Na versão antiga, estavam proibidos de entrar nos EUA viajantes de Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen . Agora, o Iraque foi excluído da lista. O texto também foi alterado para não parecer uma punição a países islâmicos, e sim, uma medida de segurança.

O primeiro decreto provocou caos em aeroportos do mundo todo e uma avalanche no sistema judiciário norte-americano, com juízes bloqueando a restrição. Mas o novo texto parece que causará os mesmos efeitos. O Havaí foi o primeiro estado onde um juiz federal, Derrick Watson, vetou a entrada em vigor da medida imigratória ontem. Hoje, o estado de Maryland também derrubou a medida, acatando um recurso da União pela Liberdade Civil Americana (ACLU).

“O perigo é claro, a lei é clara. A necessidade da implantação da minha ordem executiva é clara. Lutaremos e venceremos”, disse Trump, que justifica a medida como reforço de segurança contra terroristas. Um outro juiz federal, Jay Bybee, da Corte de Apelações do 9º Circuito, afirmou que Trump, como presidente dos Estados Unidos, tem autoridade para assinar decretos e proibir que estrangeiros entrem no país. Nomeado por George W.Bush, Bybe disse que seus colegas cometeram um erro quando rejeitaram o decreto, pois os juízes não podem questionar as motivações para uma medida presidencial. (ANSA)