Na oração do Angelus, ao meio-dia deste domingo (25), na Cidade do Vaticano, o Papa Francisco fez mais um premente apelo em favor da Síria, ao defender o fim da violência, corroborando com o cessar-fogo humanitário, determinado ontem pelo Conselho de Segurança da Organizações das Nações Unidas (ONU).
O líder da Igreja Católica destacou que o mês de fevereiro foi um dos mais violentos em sete anos de conflito e considerou tal fato desumano, ao afirmar que não se pode combater o mal com outro mal.
Apesar da decisão da ONU, pelo menos três civis morreram e 26 ficaram feridos neste domingo, em bombardeios e ataques de artilharia contra a região de Ghouta Oriental, reduto da oposição na periferia de Damasco.
O Pontífice rezou uma Ave Maria junto aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, depois de pedir que a violência acabe e que seja dado acesso às ajudas humanitárias para entrega de alimentos e medicamentos, bem como para resgate dos feridos e doentes.
“Nestes dias meu pensamento tem se voltado reiteradas vezes para a amada e martirizada Síria, onde a guerra se intensificou, especialmente no Ghouta oriental. Este mês de fevereiro foi um dos mais violentos em sete anos de conflito: centenas, milhares de vítimas civis, crianças, mulheres, anciãos; hospitais foram atingidos, o povo não pode prover alimentos… Irmãos e irmãs, tudo isso é desumano. Não se pode combater o mal com outro mal. E a guerra é um mal. Portanto, dirijo meu veemente apelo a fim de que cesse imediatamente a violência, seja dado acesso às ajudas humanitárias – alimento e medicamentos – e os feridos e os doentes sejam retirados. Peçamos juntos a Deus para que isso se dê imediatamente”, disse o Papa Francisco.