Policiais Federais que atuam na operação Lava Jato alteraram o roteiro já definido para a escolta de um dos detidos com a finalidade de evitar um possível atentado. A PF não divulga a identificação do preso que estava sob escolta e nem os detalhes da ameaça, detectada durante o trajeto do comboio. Um dos palestrantes, o policial Celso Secolo contou que os deslocamentos com os detidos na operação são definidos com rotas múltiplas, sendo anunciado o caminho a ser seguido apenas na saída do comboio. Em alguns casos, parte do trajeto é acompanhada por atiradores de elite posicionados em edifícios ao longo da rota. Todas as precauções são para resguardar a segurança da pessoa que está sendo transportada e a complexidade do aparato de segurança é analisada com base nas informações do perfil da pessoa detida.
Citando outro exemplo de alteração de um plano de deslocamento, Secolo revelou que a PF teve que utilizar um veículo blindado para transportar o delator Ricardo Pessoa, dono da UTC, para uma audiência com o juiz Sergio Moro. Ricardo Pessoa afirmou, em delação premiada, que repassou R$ 3,6 milhões de caixa dois para o ex-tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, e para o ex-tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, entre 2010 e 2014. Ele também citou políticos de partidos como PTB, PP e PSDB em seu depoimento.