A Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas ‘não pode ser chamada de casa do povo’, os trabalhos legislativos dos deputados são pouco úteis ou inúteis e os parlamentares não cumprem o que prometem durante a campanha eleitoral. Essa é a avaliação da maioria dos manauaras ouvidos pela empresa Pesquisa365. Foram consultados 1 mil eleitores – 48% (478) homens e 52% (522) mulheres. Confira a pesquisa na íntegra.
Na apuração, os pesquisadores pediram aos entrevistados para citarem os nomes dos atuais deputados estaduais. A maioria, 56,4%, não lembrou de nenhum dos 24 parlamentares. O mais citado foi José Ricardo (PT), com 6,9%. Nenhum deles obteve índice maior do que esse. Orlando Cidade foi o menos lembrado: 1,4%. Dos entrevistados, 85% não soube dizer o nome do atual presidente da ALE, David Almeida (PSD).
A baixa popularidade dos deputados se reflete no interesse pela Assembleia Legislativa. Entre os entrevistados, 91,4% nunca visitaram a sede da ALE. Sobre a atuação dos legisladores, 28,7 considerou que não é nem boa e nem ruim e 24% disse que é muito ruim. Apenas 0,8% consideraram muito boa.
Os entrevistados também disseram, em sua maioria (88,2%), que os deputados votam as leis apenas seguindo a orientação do governo do Estado. Grande parte (41,3%) considera que os legisladores defendem os interesses da população apenas ‘às vezes’, enquanto 30,2% disseram que ‘nunca’.
Os deputados também não inspiram confiança para 38,3%, que disseram que não procurariam um parlamentar para defender seus direitos caso se sentisse prejudicado. Recentemente, a Mesa Diretora da ALE arquivou a instalação de uma CPI para investigar a Afeam (Agência de Fomento do Amazonas). A autarquia estadual aplicou R$ 25 milhões em fundos de investimento de alto risco. Negócio envolve uma empresa de fachada usada para lavagem de dinheiro no esquema descoberto pela Operação Calicute, da Polícia Federal, que resultou na prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.