Propina até da Noruega

Uma investigação na Noruega confirma que uma das principais empresas do setor de petróleo do país “provavelmente” pagou milhões em propinas para garantir contratos com a Petrobras. Na noite de sexta-feira, a polícia escandinava fez uma operação de busca nos escritórios da empresa Sevan Drilling, do grupo Sevan Marine. A companhia admitiu que seus informes internos foram entregues às autoridades e que a empresa é acusada de corrupção no Brasil.

Especialista em exploração em alto mar, a empresa garante que está ” colaborando ” com o processo criminal em Oslo. Ela é acusada de ter pago propinas para garantir contratos com a estatal brasileira em negócios fechados entre 2005 e 2008.

As acusações foram reveladas em junho e a empresa europeia indica que havia encomendado uma auditoria a um escritório de advogados. O resultado foi concluído na sexta-feira e apontaram para o “provável” pagamento de propinas.

A auditoria conduzida pelo escritório Selmer concluiu que “é mais provável que pagamentos ilegais tenham sido feitos para garantir contratos com a Petrobrás”. Eles seriam para a compra de instalações para estocagem e navios, além de material para perfuração das subsidiárias Sevan Driller e Sevan Brasil.

O informe encontrou indícios de atos suspeitos e transações que “constituem tanto negligência por parte da Sevan ou um conflito de interesse”. “Tais atos podem potencialmente representar um crime financeiro”, indicou.

Fontes na empresa insistem que os funcionários envolvidos já não trabalham na companhia e a principal atuação teria uma relação direta com os contratos de seis anos no campo de Piranema.