Uma iniciativa da Gerência de Tecnologia Educacional (GTE), da Secretaria Municipal de Educação (Semed), está estimulando a utilização da linguagem de programação em escolas da rede municipal de ensino. O projeto é o Clube de Linguagem, Programação e Robótica Pro-Curumim, desenvolvido em 42 escolas municipais, que trabalham com alunos do Ensino Fundamental.
O projeto, iniciado de forma piloto em 2016 e ampliado para 42 unidades de ensino em 2017, tem a finalidade de usar linguagem, programação e robótica para facilitar a compreensão dos alunos na aprendizagem de disciplinas como Matemática e Ciências, bem como para estimular habilidades e competências não ligadas ao currículo base de ensino, segundo o coordenador do Clube, Regis Caria.
“O projeto surgiu da necessidade de se desenvolver habilidades não só relacionadas ao aspecto cognitivo como também que trabalhasse outros aspectos como a colaboração, criatividade e competências dos alunos em sala de aula. Ou seja, a ideia do clube é dar significado ao que aluno aprende e desenvolver diversos aspectos do aluno do século 21”, disse.
Umas das unidades que possui o projeto é a Escola Municipal Dr. Aristóphanes Bezerra de Castro, bairro Aliança com Deus, zona Leste. Lá o clube beneficia 10 alunos, do 8º ano do Ensino Fundamental. De acordo com o coordenador do Telecentro, Jocélio Coelho Bentes, o clube tem contribuído na aprendizagem dos alunos.
“Na escola, o clube está sendo muito importante, porque está tornando a aprendizagem das matérias de Matemática e de Ciências mais dinâmica e atrativa”, afirmou.
Capacitação
Para traçar estratégias de ensino e aprimorar o conhecimento a respeito de linguagem, programação e robótica, a GTE fará formação até outubro, desde ano, com os 42 coordenadores dos clubes, que na maioria também são coordenadores de Telecentro, e o restante são professores, pedagogos e gestores de escolas.
O segundo módulo se iniciou na tarde desta quarta feira, 10/5, na Gerência de Tecnologia Educacional da Semed, e terá duração de um mês.
Durante o módulo, será trabalhada a ‘Computação desplugada’, que segundo Caria tem como meta passar para os coordenadores meios possíveis e práticos de ensinar linguagem, programação e robótica, sem auxilio de computador. “Neste módulo, iremos trabalhar a questão da lógica, algorítmico, codificação binária dos elementos matemáticos, mas sem usar o computador”, explicou.
Para Thiago Moreira, coordenador do Telecentro da Escola Municipal Ana Mota Braga, localizada no bairro São Francisco, zona Sul, a formação é necessária para ampliar o conhecimento dos coordenadores. “A capacitação é importante para aprimorarmos o nosso conhecimento a respeito da linguagem, programação e robótica e, em seguida, passarmos para os alunos com mais propriedade”, destacou.
A capacitação tem duração de sete meses e finaliza em outubro desde ano. Em seguida, terá o 2º segundo concurso de linguagem, programação e robótica, que envolverá todos os alunos e educadores dos clubes e trará os trabalhos desenvolvidos nas escolas.