Sindicatos organizam greve geral no serviço público e contra governo Temer

Entidades sindicais, estudantis e associações de classe em Manaus pretendem aderir à greve geral convocada pela CUT e movimentos sociais. Na concepção, a intenção é fazer do movimento a primeira grande manifestação contra o governo Temer. Na prática, o objetivo é pressionar contra o projeto de ajuste fiscal do governo, especialmente no que se refere às mudanças na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e reforma previdenciária. Não há data para a paralisação nacional, mas os organizadores lançarão um plano de mobilização nesta quinta-feira, 22, em entrevista coletiva. Os líderes das entidades anunciaram que incluirão protestos também contra o governo do Estado e Prefeitura de Manaus.

Divididos entre bancos públicos e privados, os bancários já estão há 15 dias em greve em todo o País. A categoria reivindica piso salarial de R$ 3.940,24 – equivalente ao salário mínimo proposto pelo Dieese, reajuste de 5% ganho real e 9,62% reposição da inflação dos últimos 12 meses, além de R$ 880 em vale-alimentação e refeição, décima terceira cesta básica e auxílio creche. A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) oferece reajuste único de 7% sobre salários , abono de R$ 3.300,00 e piso de R$ 2.856,31. Essa proposta foi recusada pelos bancários.

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado do Amazonas (Seeb-AM) informou que 96% das agências presentes no Estado estão fechadas. Serviços como pagamento de contas podem ser feitos nas agências lotéricas e caixas eletrônicos. Saques e depósitos, somente nos terminais eletrônicos.