Alunos do curso técnico de especialização em enfermagem do trabalho do Centro de Educação Profissional Interdígitus participaram do programa Zona Franca de Portas Abertas, nesta segunda-feira (29), com visita à unidade fabril da Yamaha Motor da Amazônia, localizada no Distrito Industrial, zona Sul de Manaus. O programa é uma iniciativa da Suframa em parceria com diversas empresas incentivadas do Polo Industrial de Manaus (PIM) e institutos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
O grupo foi recebido pelo coordenador de Relações Institucionais e Comunicação da Yahama, Tiago Muzilli, e pela técnica de Segurança do Trabalho da empresa, Simara Said. O professor Walderley Martins Xavier, que acompanhou a turma, explicou que além do processo fabril, é importante para os alunos conhecerem na prática a atuação da equipe de segurança do trabalho da empresa. “Como a especialização deles é em enfermagem do trabalho, nosso foco é também conhecer como a empresa trabalha nessa área”, explicou.
Inicialmente, Tiago Muzilli apresentou a história da Yamaha, desde a sua origem em 1897, no Japão, com Torakusu Yamaha, e da Yamaha Motor em 1955 por Genichi Kawakami, até a entrada no Brasil a partir da década de 70. A planta de Manaus foi inaugurada em 1985. São 125 mil metros quadrados de área construída, com 17 galpões e aproximadamente 4.200 colaboradores, sendo 3.200 diretos e 1.000 indiretos. “Temos cinco empresas trabalhando e funcionando nesse complexo industrial: a Yamaha Motor da Amazônia, a Yamaha Motor Componentes da Amazônia, que fabrica as partes e peças, a Yamalog, empresa de logística do Grupo Yamaha, além de duas fornecedoras locais, a Yasufuku, empresa de polímeros injetados e a Sakura que produz os escapamentos”, explicou Muzilli.
A planta de Manaus produz motocicletas de 125cc a 900cc, além de também fabricar motores de popa de 15 a 90hp, sendo a única fabricante de motor de popa do Brasil. “Cerca de 35% da produção de motores de popa fica na própria região Norte, sendo um produto estratégico para a integração regional”, apontou Muzilli.
O grupo visitou toda a unidade fabril da Yamaha Motor da Amazônia, além de passar pelas áreas de fisioterapia, psicoterapia e pelo ambulatório da fábrica. Em seguida, a técnica de segurança do trabalho, Simara Said, apresentou informações específicas sobre a área de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), que é vinculada ao departamento de Recursos Humanos da empresa e que conta com o total de 42 funcionários atuando em diversas frentes, como segurança do trabalho, ergonomia, apoio social e responsabilidade ambiental, além do ambulatório médico em parceria com um hospital de Manaus.
“Diretamente na segurança do trabalho temos colaboradores atuando na prevenção de acidentes, na prevenção contra incêndios, e campanhas de segurança, além de exames admissionais e tudo que envolve a nossa estrutura de serviços no ambulatório, na fisioterapia, nos primeiros socorros, na farmácia, na odontologia e no plano de saúde dos colaboradores”, explicou.
A aluna Juliana Ramos veio diretamente do Careiro da Várzea especialmente para a visita à fábrica nesta segunda-feira. “Entreguei um documento no meu trabalho para poder ter a dispensa e estar aqui”, disse ela, que atualmente atua no setor administrativo de uma empresa no Careiro. Juliana disse que a visita trouxe muito conhecimento. “Aprendi tanto como é a fabricação de uma moto, que não imaginava que tinha tantas etapas assim, quanto sobre a atuação da segurança do trabalho na fábrica, que é a minha área de interesse em fazer a transição de carreira”, explicou.
ZFM
Implementado em 2021 e transformado em Programa institucional da Suframa a partir de janeiro de 2024, o Zona Franca de Portas Abertas oferece opções de visitas monitoradas às plantas fabris que integram o modelo de desenvolvimento regional ZFM, contando com a parceria de indústrias e institutos de PD&I que se colocam à disposição para apresentar aos visitantes a sua história, os seus produtos, processos produtivos e a cultura corporativa, bem como formas de gestão e bens industriais no PIM.
Atualmente são dez as empresas e instituições que já confirmaram participação no projeto em 2024: BMW; Caloi; Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA); Porto Chibatão; Honda; Midea-Carrier; Sidia; Super Terminais; Samsung e Yamaha.
