Uma nota técnica produzida pela Controladoria-Geral da União no Amazonas concluiu que o governador cassado José Melo (PROS) e sua mulher Edilene de Oliveira apresentam ‘movimentações financeiras suspeitas’ e ‘patrimônio incompatível’ com suas rendas oficiais.
O casal foi preso pela Polícia Federal em desdobramento da Operação Maus Caminhos – a fase Estado de Emergência -, que investiga desvios milionários do setor de Saúde do Amazonas.
Além da incompatibilidade entre o patrimônio e a renda, a nota cita que uma empresa com mais de R$ 18 milhões em contratos com o Estado pagou R$ 3 milhões ao político ‘por uma lancha que não constava em sua relação de bens da campanha eleitoral de 2014’.
“O crescimento patrimonial experimentado por José Melo em apenas 3 anos (período em que esteve como governador do Amazonas) chamou tanta atenção que a mídia chegou até a publicar notícias sobre a compra de uma mansão no valor de R$ 7 milhões”, assinala a nota.
A CGU também indica a existência de um sítio da família da mulher de Melo que teria sido beneficiado e cuja estrada de acesso é a única da região que foi asfaltada. A obra teria custado R$ 8 milhões. (fonte: Estadão)