A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) definiu que, na próxima quinta-feira (16), será realizada a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a aplicação de R$ 20 milhões da Agencia de Fomento do Amazonas (Afeam) em um Fundo da falida empresa Transexpert, que era usada no esquema de lavagem de dinheiro que envolve as denúncias do Ministério Público Federal contra o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, como informou o DIÁRIO.
A informação foi dada, nessa quinta-feira (9), pelo presidente da ALE, deputado David Almeida (PSD), em comunicado, na Tribuna. Ele também informou que a Mesa Diretora vai receber um requerimento com o pedido de ampliação da CPI para que outros investimentos da Afeam sejam investigados.
O líder do governo na Casa, deputado Sabá Reis (PR), disse que é ele quem vai encaminhar o requerimento para investigar os fatos que, segundo ele, ocorreram em outras administrações, além da do atual governador José Melo (PROS). “Esses fatos prejudicaram a Afeam e, independente dessa aplicação de R$ 20 milhões, era um recurso próprio, mas deu errado, porém, as providencias foram tomadas. O governo não teme e a CPI vai funcionar. É preciso passar tudo a limpo e não só essa aplicação no fundo da empresa do Rio de Janeiro”.
A deputada Alessandra Campelo (PSDB) considerou “um avanço” o presidente da Casa, finalmente, instalar a CPI. Ela disse que, se quiserem investigar outros investimentos, têm o apoio dela. Mas colocou uma questão: “por que os investimentos anteriores não foram investigados por esses mesmos parlamentares?”.
“O presidente dá uma demonstração de independência do poder legislativo. Espero que tudo aconteça dentro da democracia. Se quiserem ampliar a CPI, não tem problema nenhum. Só fico espantada pelo fato de esses deputados estarem há tanto tempo aqui e nunca investigaram as outras operações de créditos irregulares”, provocou.
O requerimento para instalação da CPI da Afeam foi aprovado no dia 22 de novembro, com a assinatura de nove parlamentares: Alessandra Campêlo (PMDB), José Ricardo Wendling (PT), Wanderley Dallas (PMDB), Luiz Castro (Rede), Vicente Lopes (PMDB), Bosco Saraiva (PSDB), Sinésio Campos (PT), Cabo Maciel (PR) e Platiny Soares (DEM). Eram necessárias oito assinaturas para aprovação da proposta, equivalente a 1/3 dos membros da Casa, segundo determina o Artigo 52 do Regimento Interno.
Fonte: D24 AM