Quatro ex-secretários de governo foram encaminhados da Superintendência da Polícia Federal (PF), Zona Centro-Oeste de Manaus, para o Instituto Médido Legal (IML), na tarde desta quarta-feira (3). Eles devem ser levados para o sistema prisional. Cassado por compra de votos na eleição de 2014, o ex-governador do Amazonas José Melo (PROS) permanece na sede do órgão por determinação da Justiça.
Eles são suspeitos de receber cerca de R$ 20 milhões em propina para favorecer empresas do médico Mouhamad Moustafa, apontado como chefe do esquema. O caso foi apontado na operação “Maus Caminhos”, em 2016.
Os quatro ex-secretários deixaram a sede da Polícia Federal por volta das 14h30. De lá, eles seguiram para a sede do Instituto Médico Legal (IML), Zona Norte da capital.
A transferência estava prevista para ter ocorrido na terça, mas em razão da reduzção de efetivo policial, a transferência para a triagem no Centro de detenção Provisório Masculino-CDPM dos ex-secretários foi alterada para esta quarta, conforme planejamento do Núcleo de Operações da Delegacia Regional Executiva.
“Permanecendo sob custodia da Polícia Federal, somente o ex-governador, em razão de determinação da Justiça Federal”, diz o comunicado da Polícia Federal.
Estão presos
- José Melo, ex-governador do Amazonas;
- Evandro Melo, irmão dele e ex-secretário de Administração e Gestão Evandro;
- Wilson Alecrim, ex-secretário de Saúde;
- Afonso Lobo de Moraes, ex-secretário de Fazenda;
- Pedro Elias, ex-secretário de Saúde
Eles haviam sido liberados, mas voltaram a ser presos no domingo (31/12) depois que a Justiça acatou pedido do Ministério Público para reverter a decisão que liberou os suspeitos.
Os mandados contra Melo, Evandro, Afonso e Wilson foram cumpridos na tarde de domingo. Pedro Elias, que não foi localizado pela polícia, se apresentou por volta da 6h desta segunda-feira (1º), na Superintendência.
Também são investigados no esquema
- Ex-chefe da Casa Civil, Raul Zaidan;
- Médico Mouhamad Moustafá
Raul Zaidan e Mouhamad Moustafá tiveram indeferidos pedido de prisão preventiva. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que eles foram liberados.
Além de Moustafá e Zaidan, a decisão também envolve Keytiane Evangelista e José Duarte Filho. No documento, o juiz plantonista Wendelson Pereira Pessoa pontua que não foram verificados “fatos novos aptos à decretação de prisão preventiva dos investigados”. (G1 AM)