Março lilás: ginecologista faz alerta sobre os cuidados com o câncer de colo de útero

Doença é considerada a quarta causa de morte entre as mulheres no Brasil

(foto: divulgação)

O mês de março, conhecido como o dmês dedicado à saúde da mulher, também está relacionado ao Março Lilás, voltado à campanha de prevenção e combate ao câncer de colo uterino, considerado, hoje, uma das maiores causas de morte pela doença entre as mulheres no mundo.

O câncer de colo de útero, depois do câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina. Em 2021, 270 mulheres morreram devido ao câncer de colo de útero, uma média de 23 mulheres por mês, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

A ginecologista do Sistema Hapvida em Manaus, Elis Akamy, destaca a importância de ficar alerta aos sinais que, na maioria das vezes, podem ser evitados. “Dentre os principais sintomas estão: sangramento vaginal anormal sem causa aparente e fora do período menstrual; dor pélvica; sangramento após a menopausa; dor e sangramento após a relação sexual. Em caso de doença avançada, pode ter inchaço nas pernas, problemas ao urinar, em caso de invasão da bexiga e sangue na urina. Lembrando que no início pode não haver sintomas, por isso é muito importante a realização do exame preventivo”, ressalta.

A médica ainda faz o alerta para o diagnóstico precoce que, muitas das vezes, pode ajudar na cura da doença. “O câncer no início pode ser curado sim. Nos estágios iniciais, o tratamento inclui cirurgia e ou radioterapia com quimioterapia. Para estágios mais avançados, a radioterapia com quimioterapia ou somente a quimioterapia. Para as lesões pré-cancerígenas NIC 3, que são lesões de alto grau, não precisa a retirada do útero, pode ser feito uma conização o que preserva a fertilidade da mulher caso ela queira ter filhos”, finaliza.

A prevenção e a detecção precoce do câncer são reconhecidas mundialmente como peças chaves que reduzem a incidência e a mortalidade por neoplasias malignas. As mulheres são orientadas também a evitar muitos parceiros(as), optando pelo sexo seguro (uso de preservativos), e estimular hábitos saudáveis de vida, entre esses, evitando o cigarro, pois muitas pesquisas científicas mostram a relação do câncer de colo uterino com o tabagismo.