Prefeitura vai formar brigada de combate ao caramujo africano

A Prefeitura de Manaus vai criar a primeira brigada de combate ao caramujo africano, formada por servidores municipais. Nesta quinta-feira, 30/3, servidores de secretarias e órgãos municipais começaram a receber as orientação com este objetivo. O treinamento foi realizado no auditório da Casa Militar, Compensa, sob a orientação de técnicos da Divisão de Educação Ambiental (Diea) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas). Participaram representantes do Gabinete Civil, Instituto Municipal de Planejamento e Ordenamento Urbano (Implurb), Procuradoria Geral do Município (PGM) e Secretaria Municipal de Economia e Finanças (Semef).

A brigada vai atuar de forma programada, com agendamento de coletas em todas as áreas de ocorrência na sede dos órgãos. Na atividade prática, a coleta foi feita com o uso de luvas e sacos plásticos. O servidor Antonio Rodrigues, da PGM, achou importante a formação.

“Além da certificação, estamos tomando conhecimento sobre a forma correta de coleta e destinação, o que antes não sabíamos e jogávamos apenas sal no caramujo e deixávamos no local”, afirmou ele.

O caramujo africano (Achatina fulica) está entre as 100 piores espécies exóticas invasoras de ocorrência mundial, por não possuírem predadores naturais. São moluscos que se proliferam em ambientes com acúmulo de resíduos e restos de alimentos. Os terrenos baldios são os locais mais freqüentes de focos, principalmente se forem utilizados como lixeiras viciadas. No treinamento, os participantes recebem orientações teóricas sobre como realizar o combate de forma correta e sem riscos à saúde. Depois, partem para a prática e aprendem os seis passos de coleta e descarte do animal.

Raimundo Araújo explica que a Semmas não coleta caramujos africanos, apenas realiza o trabalho de orientação.

“Orientamos por telefone, realizamos visita técnica quando solicitadas e formamos brigadas de combate ao caramujo, atendendo ao disposto na portaria do Ministério do Meio Ambiente, segundo a qual todos os órgãos competentes nas esferas municipal, estadual e federal ficam autorizados a implementar medidas de controle, coleta e eliminação de exemplares do caramujos africanos como maneira de conter a invasão desses moluscos em ambientes urbanos, rurais e naturais”, esclareceu.

No Brasil, a Instrução Normativa nº 73 do Ibama proíbe a criação e comercialização em todo território nacional do caramujo gigante e declara a espécie como não pertence à fauna silvestre nativa, sendo portanto exótica, invasora e nociva às espécies silvestres nativas, ao ambiente, à agricultura e à saúde pública.