O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira que os ministros que eventualmente sejam denunciados pela Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato serão afastados provisoriamente do cargo.
Caso o STF (Supremo Tribunal Federal) aceite a denúncia, o que transformaria o ministro em réu, ele seria definitivamente desligado do governo, segundo afirmou o presidente, em declaração à imprensa no início da tarde desta segunda (13) no Planalto.
“Se houver denúncia, o que significa um conjunto de provas eventualmente que possam conduzir ao seu acolhimento [da denúncia], o ministro que estiver denunciado será afastado provisoriamente. Logo depois de acolhida a denúncia, e aí sim, a pessoa, no caso o ministro, se transforma em réu, isto eu estou mencionado os casos da Lava Jato, ele se transformando em réu o afastamento é definitivo”, afirmou Temer.
Com a homologação das 77 delações da Odebrecht, realizada em janeiro pelo Supremo, é esperado que novos inquéritos sejam abertos pela Procuradoria-Geral da República para investigar citados na colaboração da empreiteira.
Temer afirmou que a previsão vale apenas para os casos ligados à Lava Jato. O ministro do Turismo, Marx Beltrão, é réu por falsidade ideológica, mas em processo que não tem relação com a operação. Beltrão diz ser inocente e que acredita em sua absolvição.