Alimentação em domicílio tem queda de 0,75% em fevereiro, diz IBGE

O impacto da demanda fraca ainda está presente na desaceleração da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas foi abafada em fevereiro pelo impacto da redução nos preços dos alimentos, avaliou, nesta sexta-feira (10), o analista da Coordenação de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fernando Gonçalves. “A safra está mais favorável.

Saiu na quinta-feira (9) o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (do IBGE), com (previsão de) aumento de mais de 20% (ante a safra 2016). Isso favorece a queda nos preços dos produtos. No caso de alimentação, é oferta maior mesmo, não demanda menor, porque as pessoas precisam se alimentar”, afirmou.

Os preços da alimentação no domicílio caíram 0,75% em fevereiro, enquanto o custo da alimentação fora de casa subiu 0,11%. “O que afetou o IPCA de fevereiro foi essa oferta enorme de grãos, afetou bastante, porque alimentação pesa quase um quarto do IPCA”, confirmou Gonçalves.

A principal pressão altista sobre a inflação do mês partiu de educação, com alta de 5%.

INPC

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aplicado dos reajustes salariais, subiu 0,24% no mês de fevereiro, contra alta de 0,42%, em janeiro. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 0,66% no ano. Em 12 meses, a taxa foi de 4,69%.